Os exército do Japão disse nesta segunda-feira, 29, que vai destruir qualquer míssil norte-coreano que entre em seu território, e que os militares já estão se preparando para isso. A decisão veio depois que o regime de Kim Jong-un disse a Tóquio que planeja lançar um o satélite espião militar entre 31 de maio e 11 de junho.
O secretário-chefe do gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, declarou que qualquer teste da Coreia do Norte, mesmo que denominado “lançamento de satélite”, afeta a segurança dos cidadãos japoneses.
Medo e confusão: míssil norte-coreano aciona ordem de abrigo no Japão
“O governo reconhece que existe a possibilidade de o satélite passar pelo território do nosso país”, avisou Matsuno. Analistas dizem que um satélite militar aumentaria a capacidade de vigilância de Pyongyang e melhoraria sua capacidade de atingir alvos em caso de guerra.
Em comunicado, o Ministério da Defesa do Japão disse que tomará “medidas destrutivas” contra qualquer míssil cuja trajetória o leve a “pousar em nosso território”. Para isso, informou que usaria seus sistemas de defesa Standard Missile-3 (SM-3) ou Patriot Missile (PAC-3).
Coreia do Norte testa novo drone ‘Tsunami’ com capacidade nuclear
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse a repórteres que qualquer teste de mísseis pelo regime de Kim seria uma violação grave de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse o mesmo à agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Biden recebe líder sul-coreano, de olho na ameaça nuclear de Kim Jong-un
“Pedimos veementemente que a Coreia do Norte se abstenha de lançamentos”, disse o gabinete de Kishida no Twitter, acrescentando que deseja cooperar “com países relevantes, como os Estados Unidos e a Coreia do Sul”.
A mídia norte-coreana já havia criticado os planos desse trio de aliados para compartilhar dados em tempo real sobre seus testes de mísseis, descrevendo-os sua cooperação militar como “medidas sinistras”.
A Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis e armas nos últimos meses, incluindo um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido.
Fonte:Revista Veja