Sete pessoas presas. Esse é o resultado da operação Esquema Preferido, deflagrada nesta quinta-feira (10/6), em conjunto entre a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCRJ), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da região da Zona da Mata e do Rio de Janeiro, as polícias militares de Minas Gerais e do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal. A ação policial desmantelou uma organização criminosa especializada em assaltos milionários a residências de alto padrão nos estados mineiro e carioca.
A força-tarefa se deu após a terceira fase da operação Marcos 4:22, realizada no dia 31 de março de 2021 pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em Divino (MG). Com as apurações, foi identificado que os suspeitos eram investigados por crimes cometidos nos dois estados. Dos sete presos, dois estavam em Divino e cinco em Juiz de Fora, também na Zona da Mata mineira, e, dentre os sete, dois já se encontravam no sistema prisional desde março, quando foram presos durante a terceira fase da operação Marcos 4:22: o responsável de liderar a organização criminosa e outro integrante. Ainda, à época, foram apreendidos mais de R$ 600 mil e pedras preciosas.
Além das prisões de hoje, o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, delegado Gustavo Adélio Lara Ferreira, conta que foram cumpridos mandados de busca e apreensão. “Houve oito apreensões de veículos, como motocicletas de alta cilindrada, caminhonetes e carros sedans”, afirma.
Altos valores
Segundo apurado, o grupo teria causado prejuízo de, ao menos, R$ 5 milhões em dinheiro, nos últimos meses, sem contar outros objetos roubados. No início de março deste ano, os suspeitos chegaram a roubar R$ 3,3 milhões em espécie e outros objetos na cidade de Paraíba do Sul (RJ), sendo parte deles recuperada na terceira fase da operação Marcos 4:22.
O delegado Rômulo Segantini conta que levantamentos apontam que os membros da organização criminosa seriam responsáveis por diversos assaltos cometidos nos últimos anos em diferentes municípios mineiros e cariocas. “O modus operandi é o mesmo: abordam alguém com acesso ao interior do imóvel alvo da ação criminosa, que está do lado de fora do local, e, em seguida, forçam o refém a dar acesso ao interior da residência aos demais membros do grupo, sendo todas as vítimas mantidas sob domínio de armas de fogo”, detalha.
Ainda, de acordo com o delegado, o grupo vinha agindo há um bom tempo com divisão de tarefas previamente delineadas e há indícios de outros envolvidos, motivo pelo qual as investigações continuam. “Os suspeitos de maior hierarquia no grupo e destinatário das maiores partes na partilha dos frutos dos crimes estavam investindo os valores provenientes de tais crimes em imóveis de alto padrão, veículos de luxo, jet-ski etc.”, acrescenta Segantini.
Esquema Preferido
O nome dado à operação faz referência ao fato de os suspeitos “preferirem” atuar em roubos, visto que existem informações de que parte do grupo também possui envolvimento com o tráfico de drogas, mas dão prioridade ao esquema de assalto a residências visando grandes quantias em dinheiro.
As investigações foram realizadas pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em Divino (MG), coordenada pelo delegado Cristiano Silva de Almeida; por integrantes do Gaeco/Zona da Mata, coordenados pelo delegado Rômulo de Freitas Segantini; e pela equipe da 107ª Delegacia de Polícia Civil em Paraíba do Sul (RJ), coordenada pela delegada Cláudia Abbud.
Relembre a terceira fase da operação Marcos 4:22: clique AQUI .
Fonte:Policia Civil do Estado de Minas Gerais